sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Quando o rio parou de rir - Onde está a sustentabilidade?

                                                                                      Um dia ele foi tortuoso!
article-imageUm dia, de fato, ele, molhou e refrescou as pessoas!Um dia ele teve peixe!Um dia ele teve ar puro!Um dia ele foi rio!Um rio com peixes, vida, amor e curvas.E que belas curvas!E tinha o homem, que comeu, refrescou, riu e viveu.Ai veio a ganância e sua ânsia…Que descurvou alinhou e o matou,Fez-se sem brilho, com poluição concreto e prédios,Sem vida, sem peixes e sem amorApenas a ganância e sem frescor.



http://vilamundo.org.br/wp-content/uploads/2011/11/Rio-Pinheiros-pre-retificacao-dec-30.jpg

“Essa foto de 1930 - Rio Pinheiro, é impressionante."

À direita, o morro do Jaguaré. Vê-se o rio em sua conformação original e a marcação para a retificação.A retificação foi a escolha para que se levasse água do Pinheiros até a Billings, para lançá-la Serra do Mar abaixo e produzir a energia elétrica demandada pela industrialização que se acelerava. Com isso, também se liberou para urbanização terras que deixaram de ser inundadas.”
(Poema por – Rafael Art)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit5E-dqmeJOg9eu61my5K_j6lGVPq4V03gwx6bXCX144dhOVLdRv_lBqJ0cSzq80NYKr79RtoB-3lS14gJOQDvPlf0BCectLmStemJdX9qrtbBngyqO36MDscB3kBaiMmOgO__WGDOFG8/s640/spriopinheiros.jpg
Rio Pinheiros - Imagem atual

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A Educação Ambiental é um ato político e democrático...


... que promove a liberdade e compartilha conhecimentos de diferentes áreas. Mas, que age com consciência ética, respeitando os ciclos humanos e da natureza. Onde, se faz necessária a imposição de limites à exploração humana e do planeta. Promovendo assim, através da crítica, a reflexão e  ações sustentáveis- verdadeiramente conscientes- no pleno exercício da cidadania!


Assistam ao vídeo sobre os propósitos da Educação Ambiental, por Michèle Sato. Revela que ações  verdadeiramente sustentáveis promovem o desenvolvimento humano.  
As questões ambientais e sua problemática não devem ser vistas como informativos. Pois assim,   dão margens à propagandas que visam apenas o  crescimento de alguns setores da economia e a consolidação do sistema vigente. 
A adequada abordagem acerca dos problemas ambientais, deve necessariamente, passar pela reflexão e questionamento, pelo intercâmbio do diálogo- ou seja, passa pelo processo educativo.

Escolas que Educam para Sustentabilidade






por Rachel Trajber e Michèle Sato

Espaços educadores sustentáveis são aqueles que têm a intencionalidade pedagógica de se constituir em referências concretas de sustentabilidade socioambiental. Isto é, são espaços que mantêm uma relação equilibrada com o meio ambiente; compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, permitindo assim, qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.   
Colóquio sobre Educação para a Sustentabilidade, do grupo de 
trabalho Matriz Energética para o Desenvolvimento com Equidade e Responsabilidade 
Socioambiental, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES.





" Para que a educação ambiental seja efetiva e contribua para a mitigação dos efeitos das mudanças do clima e a formação de uma nova cidadania, foi consenso (...) que as instituições de ensino sejam incubadoras de mudanças concretas na realidade social, articulando três eixos: edificações, gestão e currículo. "

Plano Nacional sobre Mudança do Clima, 2007
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 
Formando Com-Vida, Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola.





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aquecimento ou apenas uma propaganda

    Após várias décadas de industrialização mundial nos deparamos com alguns problemas ecológicos nacionais e mundiais, o que fazer, penso eu, para termos uma consciência de que deixaremos um planeta melhor, ou não, para os nossos filhos e para uma sociedade que até o momento não parou para ver a realidade de perto sobre a nossa morada ou seja o planeta Terra, será que ele vai suportar toda essa carga de transformações que estão ocorrendo todos os dias, não somente aquela criada pelo capitalismo em forma de civilização, mais também pelas transformações naturais que vem ocorrendo, podemos acreditar nos cientistas, nos pesquisadores, nos professores ou nos governos, qual será de fato a razão, podemos sim pegar um pouco de cada pensamento e construir ideias sobre o que realmente é importante para termos um planeta melhor, mais humanizado para os futuros ocupantes desta grande nave que está no espaço há muitos anos e que sofre a todo instante quando se desenvolve algumas teorias sobre o que é melhor para o homem e não para o planeta. Muito obrigado pela oportunidade de falar sobre uma questão que não tem vencedores e sim o que pode ser o final tudo aquilo que nos informaram ao longo de um período de construções e destruições sobre aquilo que poderia ser um paraíso para todas as espécies viverem em harmonia e felicidade.
Autor.Valter Mangabeira.24/08/2012.
CHARGE ANIMADA SOBRE A EMISSÃO DE CO2

http://charges.uol.com.br/2008/07/10/ambientalistas-e-bush-cantam-yakety-yak/

O Desenvolvimento Insustentável!!

Por Joel   Soares

"Concentrar o discurso na crise ambiental é uma boa estratégia para países do primeiro mundo, 
grandes beneficiários e divulgadores do atual modelo predatório de desenvolvimento. 
É como se o discurso ambiental fosse uma espécie de cortina de fumaça
 para despistar a atenção da opinião pública para a insustentabilidade do modelo,
 evitando serem acusados como vilões da humanidade. "

   É natural que aqueles que defendem o meio ambiente fiquem satisfeitos ao verem dirigentes de países desenvolvidos, ditos de primeiro’ mundo, levantarem a bandeira ambiental. É como se víssemos reconhecidas nossas lutas. Mas, é preciso ver o que há por trás dessa ‘conversão’ à causa ambiental. Claro, que uma parte disso é devido à pressão da opinião pública, cada vez mais consciente dos problemas ambientais, mas não é só isso. É muito conveniente para as lideranças dos países do ‘primeiro’ mundo exigirem dos países de ‘segundo’ e ‘ terceiro’ mundo que cuidem do meio ambiente. E é conveniente por diversos motivos. Passam a imagem de que estão avançados no cuidado ambiental enquanto aumentam seus lucros com a exportação de produtos para despoluição, controle e monitoramento ambiental, usam a questão ambiental como barreira comercial para sobretaxar produtos industrializados do ‘segundo’ e ‘terceiro’ mundo e, ainda lucram ao desviar a atenção da humanidade da base principal do problema: um modelo de desenvolvimento ‘vendido’ como o único possível, baseado na exploração ilimitada de recursos naturais e na super-exploração da mão de obra humana.


   O próprio conceito de países de primeiro, segundo e terceiro mundo já revela uma falsa ideologia, quando sugere uma corrida pelo desenvolvimento, onde os melhores chegaram primeiro e cabe aos demais seguir os mesmos passos. Essa visão é irreal, pois pressupõe que o planeta e a ciência serão capazes de fornecer matérias primas, absorver resíduos e encontrar soluções para os problemas do crescimento indefinidamente. Esconde o fato de que, na hipótese de todos alcançarem um mesmo padrão de consumo dos países chamados de ‘primeiro’ mundo serão precisos diversos planetas Terra de recursos naturais.


  As conseqüências dessa corrida’ por um tipo de progresso insustentável não vai acabar com o planeta no futuro. Já está fazendo isso no presente. Um exemplo disso, está na maciça extinção de espécies e ecossistema, efeito estufa, ‘buraco’ na camada de ozônio, mortes prematuras nas cidades devido às poluições do ar, água, solo, etc. O planeta está acabando em cada um desses lugares, onde este tipo de progresso deixa desertos atrás de si e muita miséria, fome e mortes prematuras.


   Aos países pobres ou em desenvolvimento não são oferecidas alternativas de desenvolvimento, muito pelo contrário. A atual corrida só legitima um processo que já os exclui pela impossibilidade de haver recursos naturais para todos no futuro, enquanto acena com uma promessa que não pode ser realizada.


   Concentrar o discurso na crise ambiental é uma boa estratégia para países do primeiro mundo, grandes beneficiários e divulgadores do atual modelo predatório de desenvolvimento. É como se o discurso ambiental fosse uma espécie de cortina de fumaça para despistar a atenção da opinião pública para a insustentabilidade do modelo, evitando serem acusados como vilões da humanidade.


  Neste cenário, está claro que os líderes, do chamado ‘primeiro’ mundo, não são os melhores porta-vozes de um novo modelo de desenvolvimento, que leve em conta não só os problemas ambientais mais também os sócio-econômicos. Neste aspecto, o papel das lideranças governamentais e não-governamentais em países pobres e em desenvolvimento assume uma dimensão desafiadora, para que não se repitam os erros cometidos até aqui.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Conheça os dois lados

O aquecimento global , bem como os discursos tidos como ecologicamente corretos, abrem um amplo debate e aguçam questionamentos.
 Até que ponto a sustentabilidade ambiental divulga  a  `Verdade Inconveniente´ dos problemas e catástrofes ambientais?  Qual o interesse das mídias e da indústria de massa em propagar o discurso  ecologicamente correto? Por que incessantes campanhas educativas, vinculam e insistem no alertam quanto à urgente ações para salvar o planeta? Simplesmente em prol da consciência ecológica?! Desinteressada e comprometida com o bem da humanidade!
E até que ponto a sustentação do sistema capitalista pode criar 'Mentiras Convenientes ´ acerca das condições físicas e climáticas do planeta? Qual o interesse das campanhas publicitarias e das instituições educacionais em divulgar as consequências maléficas das atividades economicamente lucrativas ? Simplesmente em defesa dos interesses do capital?! Por que o constante exercício de alienar a sociedade pelas mídias é tão importante?
Para consolidação do sistema! Altamente capacitado e munido de um arsenal publicitário e econômico. Esta máquina fabrica problemas e soluções. Propaga idéias e ações, em prol de si mesmo.

Assistam : Uma Verdade Inconveniente e a  Farsa do Aquecimento Global e conheçam as duas faces de uma mesma moeda!

Aquecimento Global - Um debate quente!



"Imaginamos que vivemos numa era de razão, 
e o alarme acerca do aquecimento global aparece como ciência; 
mas não é ciência, é propaganda."  


Paul Reiter, Instituto Pasteur, Paris. 
(em citação feita no filme: `A Grande Farsa do Aquecimento Global´)

A exemplo, desta polêmica de sustentabilidade- ambiental ou do sistema? Temos um jogo complexo de interesses econômicos, dentre outros, acerca da produção energética. A abertura de um novo nincho de mercado (como os biocombustíveis) que vislumbra um futuro promissor frente à uma sociedade " preocupada"  com os problemas ambientais.
Conscientes estamos, de que a redução do consumo minizaria os danos ao planeta! Então, avançamos com pequenas mudanças nos atos do nosso cotidiano.
Porém, inconscientemente, alimentamos o sistema que otimiza os lucros e maximiza os danos à humanidade. Com isso, estancamos nossa capacidade de refletir quanto as imposições do mercado. Nos limitamos a somente consumir e não produzir idéias... a agir com consciência ecológica, imposta pela indústria de massa. Pois como diz o ditado : " A propaganda é a alma do negócio! "

Charge de: Orlandeli. Disponível em: Biodiesel

sexta-feira, 17 de agosto de 2012



agribizz.blogspot.com.br


 A S S I S T A:


AGROCOMBUSTÍVEIS E A FOME

A quantidade de milho usada  na fabricação de etanol para encher um tanque de um veículo 4x4 daria para alimentar uma criança durante um ano

Adaptado de http://www.bigpictureblog.info/?p=120

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CAPITALISMO COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? OU SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA CAPITALISTA ?

por Taysa S Bensone


O mundo atual apresenta-se sob a dinâmica do capital. Sua estruturação- social econômica e física- funciona como uma máquina regida pelo sistema, que visa o produto final: o lucro. Os mecanismos que dão propulsão a esta máquina, se associam com o propósito de produzir, reproduzir e acumular lucros- ou seja, a natureza, os processos econômicos e sociais, as políticas privadas e públicas, a gestão e segregação territorial, compactuam em prol do funcionamento do sistema e em defesa de seus interesses.
Temos então, um enredo e seus personagens: a máquina (o mundo), a estrutura (sociedade, natureza e gestão), o funcionamento (regido pelo sistema capitalista) e o produto final (o lucro).
Inseridos neste contexto, a máquina capitalista devido ao constante funcionamento e a acelerada produção, apresenta panes e precisa de ‘consertos’ e ‘ajustes’. Tais reparos, é claro, terão um custo que, devem ser antecedidos por um planejamento dos gastos. Assim, com os devidos ajustes, a máquina não só se mantém em pleno funcionamento, como também otimiza seus níveis de produção, aumentam-se os lucros.
Embutida neste enredo está outra história, onde os protagonistas principais são: os problemas ambientais da atualidade e o IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), vilão e herói- respectivamente atuam em um cenário apocalíptico onde o aquecimento global e as catástrofes ambientais imperam.
Eco (2008) estabelece como apocalíptico, o teórico que sobrevive de confeccionar  a decadência da sociedade em função da indústria cultural e da cultura de massa e usa os mesmos canais alienadores da sociedade para difundir suas próprias idéias. Eco  ainda questiona: “ Até  que ponto não nos encontramos ante duas faces de um mesmo problema, e não representarão esses mesmos textos apocalípticos o mais sofisticado produto oferecido ao consumo de massa?’’
Os personagens coadjuvantes de todo este enredo são os países envolvidos no protocolo de Quioto ( do Anexo I ou não) que aliam- se num processo de eficiência econômica indiscutível mas de valor de conduta duvidosa. Tomam as implementações conjuntas, como mecanismo flexível de negociação entre as partes para reduzir os níveis de emissões com medidas em outro país.
A exemplo, como medidas infalíveis, a favor do desenvolvimento sustentável da humanidade,  temos o seqüestro de carbono, através de reflorestamento- medida simples de captura de CO² e o discurso de mecanismos de desenvolvimento limpo.
Mas, por trás deste embate do bem contra o mau, se esconde um jogo de interesses, onde o processo de compra e venda resulta no fortalecimento do sistema capitalista. E é aí, que toda a moral da história reside: a comercialização de tudo e todos. Inclusive dos valores e conduta estabelecida nos acordos de política e gestão ambiental- até mesmo a meta de redução de CO² pode ser negociada, como se sabe no comércio de redução de emissões; ou ainda na venda de agro combustíveis que prometem poluir menos mas que na prática, só cumprem o papel de abrir um mercado consumidor promissor, sustentável . Pois, como se sabe, não há geração de energia limpa.
A verdade, quanto à degradação do meio ambiente, é turva. Clara, são as intenções que cercam a divulgação dos ‘problemas ambientais’ e as ‘medidas necessárias para um desenvolvimento limpo’: contaminar o mundo com pensamentos ecologicamente corretos, para que o rio de interesses e do capital, não se contamine com atos de questionamento.
Foi então assim, inventada a solução para manutenção do sistema: os problemas ambientais.


REFERÊNCIA
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. Coleção Debates: 6ª ed. S.Paulo Perspectiva, 2008.