O
IPCC[1]
(2007) as consequências sociais esperadas pela intensificação do aquecimento
global: dadas as variações climáticas que ocorrerão de forma e intensidade
diferenciadas de acordo com a região do planeta, estarão intimamente ligadas às
condições da localidade, especificamente com o seu grau econômico e sua
capacidade de lidar com a violência na ocasião. Presume-se que:
[...] O resultado será que os
povos mais afetados (...) serão justamente aqueles que menos provocaram as
emissões de gases causadores do efeito estufa, ao passo que os maiores
responsáveis pela obstrução da atmosfera previsivelmente serão os que menos
terão de sofrer as consequências das modificações ambientais. Aqui é fácil de
distinguir um fenômeno de injustiça global historicamente novo. (WELZER, 2010,
p.58)
[1] Sigla em inglês
para Intergovernmental Panel on Climate
Change ou em português Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas estabelecido
em 1988 pela Organização
Meteorológica Mundial e o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para
fornecer informações científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para o
entendimento das mudanças
do clima,
seus impactos potenciais e opções de adaptação e mitigação.